Épica galega

Desde o momento que se soube da grande maré negra, as associações do País e a vizinhança levantaram-se para defender a Terra e o mar. Vivemos uma mobilização global da sociedade. Foi um movimento pacífico que envolvia a Galiza toda, desde os níveis de ensino até todo género de organizações. Desde ADEGA pôs um autocarro na praça do Obradoiro que se encheu de gente voluntária apesar de que não havia permissão expressa desde os órgãos competentes da Xunta. Isto puido ser o que forçou a dar suporte desde a Demarcação de Costas para que se organizassem os trabalhos do voluntariado para ir às praias com uma certa metodologia. Desde outras associações do país, desde a vizinhança em geral, organizou-se uma armada de voluntariado para defender a Terra luxada e o mar profanado. O Partido no governo ficou ultrapassado e acabou por politizar o assunto. Face a resposta espontânea da sociedade mandou mensagens que procuravam enturvar o ambiente para fazer definir as pessoas no senso de estar a favor ou em contra de mobilizar-se para as diferentes atuações que salientavam o desleixo que sofreu a nossa Terra. Fomos quem de darmos resposta a essa manipulação da opinião feita desde o poder. A criatividade do elenco de artista deu o máximo. A Grande Burla Negra soube manter a cerna do humor e da retranca galega, reconciliando-nos com nos mesmas como povo de cultura densa ancestral e permanente. AF.