Chapapote patriarcal

Naqueles dias do naufragio, o chapapote o invadia todo e semelhava atraparnos para sempre, impregnando a areia, as rochas, as aves… E também a pel, as mans, as gargantas e os pulmons, para sempre invadidos por a substância peganhenta que definia a paisagem e as vidas. O feminismo galego utilizou o termo “chapapote patriarcal” em dous sentidos. Um primeiro para definir o modelo capitalista de produçom, que facilitara o desastre, que ia contra a vida das mulheres e do planeta, e outro para definir o próprio patriarcado, como esse chapapote que axfisia as nossas vidas, pringado-as de violência, de explotaçom, de submisom. LC.